sexta-feira, 29 de setembro de 2017

A HISTÓRIA DE UM FANTASMA



Olá povo do Deu Nó, voltamos aqui novamente para falar de uma obra cinematográfica de grandeza impar. Um filme que se você olhar para capa não acredita que o filme é tão bom.

Mas não é para qualquer um, o filme que tem a assinatura de David Lowery que gastou pífios cem mil dólares na produção. que conta com a presença de  Casey Affleck e Rooney Mara nos papeis centrais da trama.
Sendo uma produção independente o diretor usa artimanhas de fotografia e improvisos propositais para ilustrar a história.


Casey e Mara interpretam um casal que acaba de mudar para sua nova residencia, ele buscando inspiração para sua música ela uma esposa devota. Até ai tudo bem. Quando se deparam com um barulho no piano e nada encontram ao procurar. No dia seguinte Casey morre em um acidente de carro e desperta no necrotério como um fantasma.
Aqueles fantasmas do tipo turma do penadinho onde ele fica com um lençol sobre a cabeça.
O que por si só é engenhoso e brilhante.

Não espere um filme de sustos ou de grandes movimentos. A pelicula é lenta e detalhista, que nos emerge em cada detalhe e no sentimento de cada personagem.
Todo o sentimento de perda e culpa que os personagens sentem acabam chegando em quem assiste, pois, Lowery, não teve pressa em fazer planos sequencias cuidadosos onde o humor e o tempo vão ilustrando a dor e solidão do fantasma, e toda a historia da casa.

Resumindo o fantasma fica preso a casa "assombrando a todos que ali passam", sendo na verdade um personagem que simplesmente fica na casa a eternidade. E nesse tempo se passam pessoas na casa e o tempo vai andando e andando. E cada transição feita com perfeição nos faz entender que o tempo não para e para o fantasma o tempo é irrelevante pois, ele não percebe esse tempo passar.


Um filme silencioso para ser contemplado e aplaudido no final tamanha a grandeza de sua mensagem.
Dado momento niilista que não importa o que se passe a solidão será o nosso legado pela eternidade. Outras horas poética pois, se consegue ver vida o tempo todo apesar de se tratar da historia de um fantasma através do tempo.


Recomendo que observe a fotografia arredondada no estilo polaroide que nos leva a nostalgia de fotos instantâneas que duram centenas de anos, afinal a mensagem do filme é a eternidade. 

Pegue sua pipoca e seu guarana e aproveite cada segundo dessa obra prima do drama/suspense/ficção/poesia/filme de qualidade.

Vamos nessa!

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

CLÁSSICOS DO CINEMA






Foi comum, na década de 50, a criação de filmes de ficção científica e horror com gigantescos e perigosos monstros concebidos a partir de explosões atômicas e exposições à radiação. Essa temática foi tantas vezes explorada nesse período, que fazer o levantamento de todos os filmes produzidos seria uma tarefa difícil, mesmo porque, entre cinco obras de qualidade, apareceram vinte feitas em fundo de quintal com monstros de classe Z pra lá de trash.

No entanto, todas elas, por si só, têm o seu valor e o seu destacado reconhecimento como diversão garantida, não valendo a pena e não havendo necessidade de desprezá-las – mais fácil é curtí-las.

Filmes como O Monstro do Mar (The beast from 20.000 fathoms, 1953), O Mundo em Perigo(Them!, 1954), Tarântula (Tarantula, 1955), O Monstro do Mar Revolto (It came from beneath the sea, 1955), O Escorpião Negro (The black scorpion, 1957), Fúria de uma Região Perdida(The deadly mantis, 1957), entre outros, se enquadram perfeitamente dentro desse parâmetro.

Entretanto, hoje em dia, todos esses filmes podem ser considerados como verdadeiros clássicos, já que serviram de base para as produções que se aproveitaram da mesma temática nas décadas de 60, 70 e 80, além de inspirar refilmagens e tributos, inclusive na década de 90, onde os efeitos especiais alcançaram um nível jamais imaginado.

E isso não é tudo, pois esses filmes feitos em torno dos progressos científicos confrontaram diretamente com outra linha que a ficção científica explorava na década de 50: a das invasões alienígenas. Apesar de tudo, ambas as vertentes não competiam propriamente; os drive-in’s da época enchiam e o público se divertia muito quando qualquer uma delas estava em exibição. Quando o mestre da animação cinematográfica estava por trás da produção, tudo ficava ainda mais interessante e curioso.



Em 1955, quando foi lançado o filme O Monstro do Mar Revolto, Ray Harryhausen ainda era pouco conhecido, e não despertava interesse maior além do que já vinha sendo realizado. Responsável pelos efeitos dos filmes anteriores Might Joe Young(1949) e O Monstro do Mar (não confundir com O Monstro do Mar Revolto), o mais novo filme do mestre era encarado, novamente, como mais uma produção caprichada realizada a partir das técnicas do stop-motion, ainda que suportada estritamente por um orçamento modesto.

Os efeitos dessa técnica já fascinavam o público, que a reconhecia como moderníssima e inovadora, fazendo, portanto, com que o novo filme se tornasse um grande sucesso. De fundamental importância foi, também, a excelente produção de Charles H. Schnner, que trabalharia incansavelmente ao lado de Harryhausen em quase todos os filmes do mestre a partir daí.



Nesse clássico preto & branco dos anos 50, um gigantesco polvo de seis tentáculos (?) é acordado de seu estado de suspensão no fundo do mar por testes de Bomba-H e torna-se radioativo. Enquanto cientistas tentam descobrir um jeito de destruir a criatura, o gigantesco (gigantesco mesmo!) molusco octopus causa pânico e destruição na cidade de São Francisco, levando à baixo a famosa Golden Gate. Por fim, depois que o pânico e a histeria já arruinou tudo, os cientistas descobrem que a única maneira de destruir o monstro é utilizando métodos semelhantes aos que o acordaram: com poderosos submarinos da marinha, são lançados mortíferos torpedos elétricos na cabeça da criatura, causando a sua destruição.



Dirigido por Robert Gordon a partir de uma história de George Worthing Yates e com um elenco básico da época (formado por Donald Curtis e Faith Domergue, entre outros), O Monstro do MarRevolto alcançou um reconhecido sucesso, chegando a inspirar algo similar em 1977, Tentáculos (Tentacles), de Oliver Hellman, onde, novamente, efeitos radioativos geram um polvo gigante (só que dessa vez com oito tentáculos…)

Na realidade, Harryhausen deu início à produção do seu filme em 1953, mas, problemas de ordem maior envolvidos com a própria produção, o obrigaram a deixar o projeto de lado por um tempo e continuar a produzir uma história infantil chamada Tje tortoise and the hare (A tartaruga e a lebre).

Mas os filmes de monstros eram bem melhor acolhidos pelo público e ele resolveu levar em frente O Monstro do Mar Revolto e em 1955 o filme estava finalizado. Os motivos que o levaram a criar um polvo de seis tentáculos eram estritamente de ordem financeira, como afirmou o próprio animador, já que não havia também tempo para realizar o movimento de todos os oito tentáculos. Esses problemas seriam superados a partir dos próximos filmes, que, inclusive, passariam a exibir um verdadeiro desfile de criaturas, e não a utilização de apenas uma, como era comum. Esse é o caso de seu primeiro grande clássico colorido Simbad e a Princesa (1958) e dos que o seguiram.

Inclusive um polvo gigante voltaria a atacar num outro filme animado por Harryhausen e produzido por Charles Schnner, A Ilha Misteriosa(Mysterious Island, 1961), de Cy Endfield, baseado numa famosa obra de Júlio Verne.



O reaproveitamento de miniaturas era uma constante nessas obras de animação; talvez a criatura do Monstro do Mar Revolto tenha sido uma das primeiras, mas com certeza não seria a última.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

CURTA METRAGEM "DIA DA CAÇA"

Olá meu povo e minha "pova".

Aqui quem escreve é o seu roteirista favorito o JP. E venho aqui ilustrar em imagens e palavras algo muito legal que o DEU NÓ desenvolveu e está desenvolvendo nesses dias.

O CURTA METRAGEM - DIA DA CAÇA

      JP Queiroz e Carol Soares


Uma ideia que surgiu no improviso para um pequeno teste em movimentar os curtas do projeto, e se tornou um trabalho de talento e desenvolvimento. Um pequeno filme de terror sobre a obscuridade do ser humano.



                                                             
Evandro Birello

Com fotografia e direção de Evandro Birello, que assina as diretrizes e roteiro de JP Queiroz e Claudio Zachelo. Produção da equipe Deu Nó, maquiagem de Fabíola Meira e Tabata Francis. Sonoplastia de Marcelo de Sousa, e Making Of de Ângelo Brants.

         Carol Soares

Com atuação de Carol Soares e esse aqui que vos escreve, demos um pontapé inicial numa série de projetos que vão entreter e fascinar muita gente boa mundo a fora.

Abaixo um pouco de nosso making.
   


                                                 
  
Vamos nessa!!!




domingo, 3 de setembro de 2017

O INCIDENTE


Após um confronto, dois irmãos e um detetive da polícia tentam fugir de um prédio e descobrem que a escadaria se repete infinitamente e não tem saída. O mesmo incidente acontece com uma família em viagem de férias, que acaba presa num trecho da estrada e retorna sempre ao mesmo ponto de partida. Dois episódios aparentemente sem relação conectados por um misterioso looping temporal, que faz com que a realidade se repita infinitamente. A única saída é seguir em frente.

Baseada nessa sinopse temos um filme pulsante em todos os aspectos. Uma obra difícil de se ver no cinema atual, onde ficamos presos somente ao mercado. Essa película se mostra que fazer ficção cientifica não precisa de efeitos especiais e um orçamento exorbitante. Claro que o roteiro que pede somente dois cenários ajuda e muito no desenvolver dessa história.

Quem viu o filme triangulo do medo vai se familiarizar com essa produção mexicana de pouco impacto ao seu lançamento e com relativo sucesso nos dias atuais. Processo que levou esse tempo de se tornar mais popular pela escassez de boas ideias nos filmes atuais.

As atuações são seguras e diretas, todos os personagens se mostram com uma natureza unica, sendo bem narrada por tomadas dinâmicas e perturbadoras,  chega a dado momento que parece que somos nós expectadores que estamos causando as tragédias e manipulando o destino dos personagens.

As histórias se encontram e se distanciam num ritmo alucinado após quarenta minutos de filme. Mas recomendo assistir pegando os detalhes desses primeiros quarenta minutos que são bem parados para o cinema atual. Mas um parado necessário, visando te surpreender com revelações bombásticas na segunda metade da película. 


Recomendo ver o filme em silêncio apenas absolvendo cada detalhe e cada segundo. Para no final fazer seu julgamento e até uma breve reflexão sobre o que é viver.

Reparem nas referencias aos filmes de Kubrick nas tomadas e atuações.


Bom filme a vocês e vamos nessa!

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O AMOR DE UM PAI


E olha que mais um dia dos pais se aproxima e na televisão uma enxurrada de filmes temáticos sobre a paternidade.

Dias atrás foi postado aqui um filme que fala sobre paternidade.

Confira: Uma família de dois

Nessa nossa nova opção do gênero.
Imagina você ingressando na faculdade e se descobre gravida? Esse é o inicio desse belo e singelo filme feito para televisão.

Ao descobrirem uma gravidez não desejada antes de ingressarem na vida acadêmica, o jovem casal  John (Drew Seeley) e Kathy (Britt Irvin) se descobrem grávidos e isso pode atrapalhar todos os planos de carreira. Porém decidem juntos lutar e construir uma família.
Passado um tempo do nascimento da criança Kathy desiste e abandona John e o bebe, em qualquer situação teríamos desistido e partido para vida. Entregando o bebe para adoção ou dando para os pais criarem (comum aqui no nosso Brasil). Mas ele não desiste e decide criar o bebe sozinho, conciliando trabalho e estudos, se esforçando como um pai deve fazer sempre.

Contando com a colaboração de pessoas voluntariamente e involuntariamente ele vai criando seu filho e conciliando a vida.
Um filme singelo e doce, que vale a penas assistir nesses dias de festividades em homenagem aos pais.
Bom filme!

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

A BOLA DA VEZ




Futebol e Judaísmo em um filme sobre sonhos de criança. Como diz o velho ditado Futebol e religião não se misturam, sempre dá ruim quando se mistura.
E esse belo filme de 2006, ambientado no ano de 1966, na velha Inglaterra durante a copa do mundo de futebol, e onde entra o Judaísmo nisso?

Na criança!

Nosso pequeno protagonista está próximo de comemorar seu Bar Mitzvah, que para um Judeu é a passagem do menino para homem. Se for comparar sem comparar, é a tradicional festa das meninas de quinze anos. 

Bernie nosso protagonista está ansioso por esse momento e focado em ter o melhor Bar Mitzvah de todos. Porém, sua família está mais preocupada com os negócios que passam por uma recessão, e com seu irmão mais velho problemático.

O filme conta com Helena Bonham Carter que até tempos recentes era esposa do alucinado e brilhante Tim Burton. Sthepen Rea de V de vingança e do brilhante Ainda muito Loucos completa o bom elenco da película que chegou sem fazer muito barulho, e conseguiu com o passar dos anos cativar corações de muitas pessoas.

Apesar dos apelos do menino para celebrar sua grande data, o movimento pelo futebol cresce a cada dia no país e quando se vê a final da Copa onde a Inglaterra se classificou cai no mesmo dia de ser Bar Mitzvah.
Preparem seus lenços e a pipoca pois, uma lagrima ou outra pode cair de seus olhos.

Visivelmente o longa nos mostra a força de um sonhar, e como um sonho pode reconstruir uma família, e proporcionar momentos eternos com quem se ama.

Recomendado a assistir com toda família juntos e assim aprender um pouco mais sobre, sonhar, viver e crescer.

Vamos nessa!